MONIQUE GISELE GASQUI
CRP 108849/06
Psicóloga Clínica, especializada em Cognitivo-Comportamental
O abuso sexual infantil é um fato real em nossa sociedade. É mais comum do que se pode imaginar e ocorre em grande escala dentro da própria família e na maioria mulheres. Este fato, tem se tornado cada vez mais preocupante, pois com o intuito de preservar a família, a maioria das vezes, a criança acaba permanecendo em silencio.
O abuso sexual tem um impacto muito grande na saúde física e mental da criança e do adolescente, deixando marcas em seu desenvolvimento, com danos que podem persistir por toda vida, pois, é um ato que envolve vergonha, medo, culpa e desafiam questões culturais. Geralmente o agressor é um indivíduo com quem a criança mantém uma relação estreita e de confiança.
As fases de desenvolvimento de uma criança influencia muito para sua formação física e principalmente mental, como sua personalidade, convivência social, rendimento escolar, escolha da profissão, relações sexuais. Existem várias ações que podem atrapalhar o processo satisfatório, e uma delas é a vivencia do abuso sexual, que é o foco deste artigo.
A infância é um período onde o ser humano desenvolve-se psicologicamente, envolvendo graduais mudanças no comportamento e na aquisição das bases de sua personalidade. Quanto mais cedo houver o descobrimento de algum tipo de abuso, mais probabilidade de aplicar um tratamento adequado e resolver ou amenizar os danos causados, para que para que futuramente não surjam problemas mentais ou físicos que sejam mais graves ou até irreparáveis.
A criança que foi abusada pode ter comportamento submisso, tendo insegurança e isto prejudicará em diversos assuntos da vida, principalmente em escolhas de decisões importantes. Ou então, comportamento agressivo, aumentando assim, suas frustrações ou ainda um comportamento pseudomaduro, tornando-se externamente mais madura a introdução prematura ao sexo nessas crianças que resulta em aparências e comportamentos que podem ser crianças amedrontadas.
A criança abusada evita ficar em casa, procura gastar o máximo de tempo nas suas atividades. Acreditam que estão protegidas em outros lugares menos na sua casa.
A alteração do sono também pode ser um grave indicador do abuso, não tem noites de sono tranquilas ou tem insônia, acordam cansadas, dificultando em sua concentração em diversas tarefas ou pode ocorrer o contrário, a criança dormir demais o que é uma forma de fugir da realidade ou até "assistirem" os pais fazerem sexo.
Concluindo, essas crianças tornam-se sensuais e tem o comportamento que foram aprendidos com o agressor quanto na verdade a criança só quer receber carinho e atenção, só que na maioria das vezes este carinho e atenção confundem-se com o ato de paixão e malícias.
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Fonte: http://avpgraficaejornal.com.br/web/?p=12080