MONIQUE GISELE GASQUI CRP 108849/06
Psicóloga Clínica, especializada em Cognitivo-Comportamental
O trauma psicológico, ou choque emocional, que seria o nome popular ocorre quando caracterizada uma situação traumática por despertar no indivíduo intensos sentimentos de medo, insegurança e impotência, como: violência, bullying, acidentes, assaltos, sequestros, separação dos pais, traição, agressão física, dentre outros, que são consideradas situações potencialmente traumáticas.
A pessoa não precisa necessariamente ter vivenciado uma dessas situações para sofrer um trauma, pode ser desencadeado em indivíduos que testemunharam um evento, como um acidente, ou que escutaram outras pessoas falarem a respeito. Uma situação é considerada traumática mais pelo seu significado, do que por sua vivência.
Quando um trauma não é superado, pode desencadear no indivíduo reações físicas e emocionais intensas, levante até ao isolamento social.
É importante ressaltar que o que é traumático para uma pessoa pode não ser para outra. O desenvolvimento do transtorno dependerá de uma série de fatores, como o histórico do indivíduo, contexto do evento, sua experiência pessoal, o que essa situação significa para a pessoa e as pessoas com quem convivem para entendimento, ajudando-as na superação.
Os sintomas estão relacionados a capacidade de adaptação. Um evento traumático pode abalar tanto uma pessoa a ponto de constantemente recordar e reviver o episódio, com as mesmas emoções e com a mesma intensidade, gerando alterações físicas e emocionais, tais como:
– Ansiedade;
– Sudorese;
– Taquicardia;
– Dores de cabeça;
– Alterações na alimentação;
– Dificuldade de concentração;
– Distúrbios do sono;
– Hipervilância;
– Medo de sair de casa;
– Tristeza;
– Auto depreciação;
– Alterações da crítica e do julgamento.
Alguns indivíduos chegam, inclusive, ao isolamento social, como forma de evitar o reavivamento das lembranças que lhe causam dor, sofrimento e podem se manifestar até dois anos após a situação traumática.
Tentar negar um trauma e conviver com os sintomas não é uma forma saudável de enfrentar o transtorno. A psicoterapia vai desenvolver a capacidade de superar as adversidades, encontrando a estabilidade emocional. A técnica de trabalho depende do perfil de cada indivíduo.
"Podemos entender o outro nos colocando em seu lugar, e mesmo assim imaginaremos o que eles sentem, mas jamais sentiremos a mesma dor ou alegria". (Rosana Maria Gabriel)
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Fonte: http://avpgraficaejornal.com.br/web/?p=13823