Suplementos e Anabolizantes

DIEGO ISIQUE CARVALHO – CREF 083300-G/SP – Formado em Educação Física - Licenciatura e Bacharel Especialista em Educação Física Escolar, Fisiologia do Exercício e Treinamento Desportivo e Musculação e Personal Trainer

 

Salve! Salve! Muitas pessoas me perguntam sobre suplementos e anabolizantes, então nesta edição citaremos a diferença.

Suplementos Alimentares: Se você frequentou academia ou conhece alguém que treina em uma, com certeza já ouviu falar sobre a ligação entre exercício físico e suplementos alimentares.
De acordo com a ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), não há na legislação brasileira uma categoria de “suplemento alimentar” e, portanto, uma definição para estes produtos na área de alimentos. Existem algumas categorias de produtos que tem a finalidade de suplementar a dieta com nutrientes ou outras substâncias em situações específicas, como os suplementos vitamínicos e ou minerais (Portaria n.32/1998) e os Alimentos para Atletas (RDC n.18/2010). Nestes casos, os suplementos são utilizados para uma necessidade fisiológica em que a alimentação não consegue suprir. Os mais comuns de serem utilizados são: os hiperproteicos, os hipercalóricos e os termogênicos.
Lembrando que suplementos alimentares devem ser recomendados apenas por nutricionista ou médicos. De preferência lógico para o nutr-icionista (qualificado), que é o especialista nesta área.

Anabolizantes: Os esteroides androgênicos anabólicos (EAA ou AAS – do inglês anabolic androgenic steroids), também conhecidos simplesmente como anabolizantes, são uma classe de hormônios esteroides naturais e sintéticos que promovem o crescimento celular e a sua divisão, resultando no desenvolvimento de diversos tipos de tecidos, especialmente o muscular e ósseo. São substâncias geralmente derivadas do hormônio sexual masculino, a testosterona, e podem ser administradas principalmente por via oral ou injetável. Seu uso clínico é permitido através de acompanhamento médico em caso de deficiência do mesmo.
Porém, muitos atletas fazem uso do mesmo para desempenho esportivo, e nos últimos anos tem ganhado espaço entre os indivíduos que desejam hipertrofia (aumento da secção transversa do músculo). De acordo com a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, o uso de doses excessivas de anabolizantes é capaz de causar comportamento agressivo, com mudanças no humor ao longo do dia. Em alguns casos, nota-se o surgimento de depressão quando ocorre a interrupção de seu uso.
Nos jovens, o uso de anabolizantes pode acarretar o fechamento precoce das cartilagens de crescimento, o que pode levar ao prejuízo do crescimento e a perda da altura prevista. Podem acarretar inúmeros efeitos colate-rais, como acne e calvície precoce, elevação da pressão arterial, alterações cardíacas, lesão do fígado de gravidade variada (podendo promover o surgimento de tumores hepáticos ou mesmo falência hepática grave ou até fatal). Nos homens, pode ocorrer atrofia dos testículos (às vezes, irreversível), diminuição da produção de espermatozoides e aumento das mamas (ginecomastia). Após o término do uso dos anabolizantes, os homens podem apresentar disfunção sexual. Nas mulheres pode ocorrer aumento do tamanho do clitóris, irregularidade menstrual, infertilidade, redução do volume das mamas, engrossamento da voz e surgimento de pelos em quantidade excessiva e em áreas onde apenas homens têm pelos, como na face e tórax.
Grande abraço a todos, e até a próxima.



Fonte: http://avpgraficaejornal.com.br/layout/index.php/2018/08/17/suplementos-e-anabolizantes/