RODRIGO EDUARDO DE BORTOLI | CRMV-SP 14.640
Médico Veterinário

As obstruções uretrais em felinos, principalmente machos castrados, sem distinção e/ou predisposição por idade, tem sido muito comum na rotina de clínica médica de pequenos animais.
Elas podem ser totais ou parciais, ambas implicam em um cuidado amplo e criterioso, tanto em questão de diagnóstico, tratamento, prognóstico e manutenção.
As fêmeas são menos acometidas, com exceção dos animais da raça Persa, estes indivíduos possuem uma herança natural de predisposição à problemas gênito-urinários. 
A causa mais comum das obstruções são fatores de ordem alimentar (alimentação inadequada, rações de baixa qualidade, alta ingestão de sal, gorduras, etc.), outros fatores : obesidade, falta de exercício, predisposições raciais, animais castrados (machos, e que não recebem uma ração adequada) entre outras.
Os sinais clínicos são muito comuns e parecidos:
1- Animal em posição de estação (agachado) por longos períodos, normalmente confundido com dificuldade em defecar;
2- Anorexia (falta ou perda de apetite);
3- Letargia (animal mais parado, sem interagir);
4- Miados altos e diferentes quando tenta urinar (dores);
5- Presença de sangue na urina;
6- Vômitos, etc.

Os machos, castrados tem maior predisposição por questões anatômicas e fisiológicas; a uretra deles é mais fina do que nas fêmeas, e além disso possuem uma curvatura antes do pênis, dificultando a excreção da urina. Por serem castrados, sua vitalidade fica diminuída, os animais ficam mais caseiros, pacatos, diminui-se o metabolismo, a ingestão de água, dificultando a excreção e concentrando ainda mais a urina.
O diagnóstico clínico normalmente é baseado em uma boa anamnese. Por vezes se faz necessário exames complementares de Ultrassom e laboratoriais de sangue.
O tratamento é comumente aplicado com a internação do paciente para: sedação, desobstrução e lavagem da vesícula urinária.
Alguns casos mais sérios podem ser necessários a intervenção cirúrgica.
Fatores de controle são: 
1- Aumento de ingestão de água;
2- Estímulo à exercícios;
3- Rações de boa qualidade (alguns casos específicos);
4- Evitar uso de alimentos com altos índices de sal;
5- Não fornecer alimentos humanos, etc.
O prognóstico é favorável na maioria das vezes, quando se tomados e seguidos à regra todos esses itens.
Consulte sempre um Médico Veterinário.
Siga-nos no Instagram: @clinvetibira