Acompanhamento psicológico para dor crônica

MONIQUE GISELE GASQUI – CRP 108849/06 – Pós graduada em Psicologia Clínica: terapia cognitivo-comportamental e pós graduada em Psicologia da Saúde/Hospitalar

 

Como você encara uma dor? Pensou? Ótimo! Agora pense se você recebesse um diagnóstico de dor crônica? Pois é! Então vamos falar dela hoje? Acompanhe-me!
Quando descoberta uma doença crônica, esta pode acompanhar durante muito tempo a vida de uma pessoa ou toda a sua vida, tornando-se assim numa ameaça ao bem-estar e a qualidade de vida. Além da parte física, as doenças crônicas também apresentam efeitos emocionais e psicológicos que podem ser devastadores e até influenciarem o processo de tratamento, pois provocam mudanças na vida da pessoa. Para exemplificar bem isso, vou falar o que o meu professor ensinou durante a minha pós em saúde mental que nunca me esqueci e que é o seguinte:
Geralmente dor crônica, esta ligado a dor total: física, psicológica, espiritual e social. Diante disso, ele analisou um grupo de pessoas que tinha o diagnóstico de dor crônica para sua pesquisa através de testes, entrevistas e chegou a uma conclusão de quatro grupos de pessoas que são elas:
1) EU = DOR (Eu sou a dor)
2) EU X DOR = Eu luto contra a dor. Exemplo: raiva, ódio, etc…
3) EU condiciono a DOR. Exemplo: "eu só vou sair, se não tiver dor."
4) EU - DOR = Eu tenho dor, mas consigo fazer algo.
Deram pra notarem a diferença entre esses quatro grupos? Quando você aceita a dor, que é o grupo 4 você tem uma vida mais funcional apesar de sentir a dor, mas olha o grupo 1, que diz que eu sou a dor, imagine o sofrimento desta pessoa, a disfuncionalidade no seu dia a dia, se conceitua como DOR! Totalmente inimiga dela.
Pessoal, os quatro grupos sofrem com a dor? Sim! Mas são pensamentos diferentes diante de uma mesma situação. A maneira como você a encara que vai dizer como seu corpo ira reagir, suas emoções, sentimentos. O que eu penso, é como eu me sinto e como me comporto diante de tal si-tuação!
É necessário diante da dor, procurar apoio psicoterapêutico, mesmo quando sente que tem bom suporte familiar e de amigos. A ajuda de um profissional de saúde mental pode ser necessária e é muitas vezes aconselhável para os membros da família que lidam com a doença de um ente querido.
Tenho um acompanhamento humanizado, o cliente terá um suporte emocional e psicológico, por exemplo, quem tem dores na coluna, enxaqueca, bronquite na infância, hipertensão e hipotireoidismo, existem formas de controlar essas doenças e contornar seus efeitos. Como? Através de um suporte psicológico que permita o cliente alcançar maior consciência sobre sua necessidade de tratamento. Em casos mais graves, a própria depressão e a depressão bipolar podem ser doenças crônicas que se manifesta diante da dor crônica. Então, pessoas que além da dor tem depressão, requer bastante atenção e cuidado para o seu emocional.
Na psicoterapia, o psicólogo se aproxima do drama do cliente e da família, contribuindo para seu entendimento existencial, para a aceitação de tratamentos possíveis, e até mesmo, para uma compreensão menos dolorosa de um destino inevitável, como a morte e perda da família.
Nem sempre a ciência é capaz de curar, mas o psicólogo pode contribuir muito para diminuir angústias, conflitos e aflições.
Acredito que por mais grave que seja uma doença, por mais cruel o diagnóstico, o cliente sempre pode contar com o acompanhamento psicológico em busca de um caminho menos doloroso, afinal nossa existência é temporária.

"Forte não é ser imune à dor, mas seguir adiante apesar de senti-la".
Autor desconhecido



Fonte: http://avpgraficaejornal.com.br/layout/index.php/2018/08/02/acompanhamento-psicologico-para-dor-cronica/